terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Férias.....

O Estado não deveria tirar férias.....
E um amigo me disse que a sociedade brasileira só enxerga a aparelho opressor do Estado Brasileiro, mas achei a mais pura verdade, de arrepiar, né Eike....
Como servidor público, não tenho recesso, porque fico fazendo política pública 24 horas 7 dias por semana....
No último final de semana, perambulei com o Fidelquino Valério, pelo centro de Taguatinga e fiquei pensando no que o Estado deveria fazer para melhorar a microeconomia dessas pessoas que ganham a vida na informalidade.....
Aí vem o aparelho opressor do Estado e recolhe as mercadorias e os comerciantes, grande ajuda......
Os chamados pobres, conseguem organizar uma forma de viver, que além de ser precária e errante, consome todo o tempo intelectual das pessoas (pensando na economia comportamental), com aquilo que é dado para a classe média, o que comer, onde dormir, com quem deixar os filhos......
E o marido e o filho da minha amiga Anna Karina foram assassinados a queima roupa, uma tragédia sem tamanho..... No Brasil se morre mais por violência, que qualquer país em guerra.... uma guerra civil não declarada.....
Outro dia assisti ao filme gladiador, e fiquei pensando que nossa sociedade parece com o coliseu, fica ali na arquibancada: a nobreza governamental, a classe média, os remediados, os pobres (a plebe rude), assistindo a morte dos desesperados (que são humanos, tanto qualquer um da platéia)..... Parece que ninguém se preocupa, porque quem tá morrendo é o outro..... e quando chegar a minha vez de ir para as galés, ou para a arena, ser comido pelas feras, ou morto pelo outro competidor.... Ser cristão era o principal motivo para ir para a arena, mas ser criminoso também..... Por que nós cidadãos comuns ficamos pensando que estaremos a vida inteira na arquibancada do coliseu, será?????????
Férias

domingo, 3 de dezembro de 2017

MOBILIDADE É CIDADANIA

Pessoal, bom dia.....
Nem sei explicar direito, mas, desde criancinha, me importo com a questão da justiça, de tratar a todos de forma igualitária, de não excluir nenhum colega do grupo ou da brincadeira, ou ficar dando ordens no jogo, só porque é o dono da bola.....
Talvez esse interesse pela igualdade venha do fato de ter sido educado numa família de professores, a primeira escola de Lamim/MG fundada pela minha tataravó Esther Augusta de Abreu, em 1800 e bolinha.......
Acredito que o fato de crescer no catolicismos tenha ajudado também: pretinhos, branquinhos e amarelinhos, nós somos amigos, nós somos irmãos.....
Não quero cansar vocês, mas escrevi tudo isso, para dizer que, o que eu chamava de preocupação com a justiça na infância, tem tudo a ver com cidadania, tema que me envolve cada vez mais, na vida adulta....
Que bom que me formei em Administração Pública, e sou ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL, do governo federal....
Gosto de trabalhar com assuntos que melhore a vida das pessoas, especialmente das mais pobres....
O tema é mobilidade urbana, ter acesso fácil às cidades, é um direito social, escrito na constituição....
Uma ideia que me move nos últimos meses, é o estabelecimento da linha de trem de passageiros Brasília Luziania, EXPRESSO PEQUI, vejam a minha página no FACEBOOK: Trem de passageiros na Europa
Para concluir, todos os dias passo sobre a linha férrea que serviria de caminho para o trem de passageiros, seja por viadutos e pontes, seja em passagens de nível, que tornam o trânsito lento....
Aí digo para minhas filhas: "interessante, estou defendendo uma ideia simples, sobre a qual nós seres humanos temos total domínio tecnológico, mesmo assim está tão dificil colocar em prática, até parece que quero defender o cultivo de alfaces em Marte......."
Obrigado e bom domingo.

P.S. pra quem não tem FACEBOOK, veja o link do transporte de passageiros na Europa
lá vai o trem com o menino, lá vai a vida a cantar

domingo, 19 de novembro de 2017

Desenvolvimento como liberdade

Prezados, a muito tempo me interesso pelo livro "Desenvolvimento como Liberdade", Amartya Sen, Cia das Letras, Brasil 2000.
Confesso que é a terceira vez que estou lendo, mas agora estou esmiuçando cada linha, para escrever uma resenha bem interessante, para discussão dos brasileiros que esperam o estabelecimento de um estado cidadão.
O livro é este:
Desenvolvimento como Liberdade
Até a capa já é outra, a minha é uma laranja bem forte.
Espero que gostem, caso queiram entrar em contato comigo:
marcoscchagas@gmail.com, pessoa física.
marcos.chagas@cidades.gov.br, servidor público
O compromisso de Minas sempre foi com a liberdade.

sábado, 11 de novembro de 2017

DEMOCRACIA

Pra pensarmos uma ideia de democracia mais adequada....

CASA GRANDE E SENZALA: a falsa democracia brasileira. Vamos botar o povo de volta no poder.

Pessoal gostaria de escrever sobre cidadania, colocar este tema em discussão.

Peço licença aos leitores, e esclareço que não pretendo aqui escrever uma dissertação acadêmica, mas tão somente contribuir com uma reflexão muito relevante para a sociedade brasileira neste momento.
O conceito de cidadania está intimamente associado ao rompimento das sociedades, em processo de industrialização, na Europa do século XVIII, que beberam das fontes do iluminismo, para defender a ideia que  o poder dos soberanos deveria emanar do povo para servir o povo, e não de Deus ou da tradição como acontecia nas monarquias absolutistas.
Desde o século XIII os proprietários rurais na Inglaterra já vinham cerceando o poder do rei João Sem Terra, que ficou obrigado a cumprir certas regras negociadas com os proprietários de terra.
Os Contratualistas dos séculos XVI e XVII defenderam a ideia do contrato social para sustentar a ideia de uma delegação de poderes da sociedade, do povo, para um soberano, que estaria obrigado a garantir a segurança da população, alguns contratos, arrecadar impostos, para sustentar sua “máquina pública”, e evitar que os homens vivessem na luta de todos contra todos, fazendo justiça com as próprias mãos.
Pois bem, a Inglaterra, de novo, protagonizou as revoluções (com a Revolução Gloriosa do século XVII) que culminaram em monarquias constitucionalistas, ou repúblicas, com três poderes, para justificar a existência e aceitação de um estado liberal, que garantiria regras mínimas de convivências, e condições mínimas de sobrevivência, para viabilizar o crescimento do capitalismo e da burguesia industrial e comercial crescente nesses países.
Dando um salto maior ainda, entre os séculos, vimos o crescimento das democracias modernas, na Europa e na América do Norte, todas constitucionalistas, com leis que sustentam um Estado de DIREITO, tanto em monarquias quanto em Repúblicas, nas quais o poder do Estado ou do governo, está submetido às Leis da nação. A rainha da Inglaterra também é obrigada a se submeter às regras do parlamento, com as nuances que cada país desenvolveu para sustentar seus modelos democráticos, adequados às tradições locais.
Neste processo evolutivo, Talcot Marshall, defede a idéia do surgimento dos direitos numa sequência de esferas, que podem ser assim resumidas: direitos civis (ir e vir, garantia da propriedade, dos contratos, de herança....); direitos políticos (votar e ser votado, uma cabeça um voto, voto universal (não mais censitário nem somente masculino))......; e por fins direitos sociais (educação, saúde, proteção social, leis trabalhistas....). Cada país apresentou uma sequencia distinta no tempo, e também um rol de direitos diferenciados de acordo com cada história social, política, e cultural.
Dito isto, na segunda metade do século XX, boa parte das sociedades desenvolvidas, e até mesmo subdesenvolvidas, adotaram modelos de democracia, que garantem direitos de cidadania, inclusive baseados na declaração universal dos direitos humanos, calcados na máxima clássica que assim define DEMOCRACIA: GOVERNO DO POVO, PELO POVO, E PARA O POVO.
Ora, vamos falar agora da democracia brasileira, reinstaurada, depois de muitas idas e vindas, entre governos democráticos e ditatoriais, pela Constituição Federal de 1988, denominada CONSTITUIÇÃO CIDADÃO. A tal constituição é considerada uma das mais abrangentes do mundo, em termos de detalhamento de direitos.
Ótimo. Agora chego a idéia central deste texto. Como a democracia brasileira funciona?
Daqui de onde assisto o funcionamento do Estado Democrático Brasileiro, de Brasília, concursado do governo federal, o que eu percebo?
A impressão que tenho é que os interesses escusos dos políticos pairam acima das leis, basta ver as descobertas da operação lava jato, as brigas do PSDB e a pressão do centrão sobre o governo Temer.
Se as leis valessem para todos, nos moldes das democracias europeias e até mesmo americana, a população brasileira teria o direito legítimo de destituir esses governantes que estão encastelados no poder, desde o poder legislativo até o executivo, e dizer: vamos começar tudo de novo.
O princípio do contratualismo que desagou nas democracias modernas, é instituir um estado para viabilizar uma melhor convivência, dita civilizada, entre os membros de uma sociedade. Que contrato social é este que vigora no Brasil, uma das dez economias do mundo, que permite que 75% dos trabalhadores recebam um salário médio abaixo de R$ 1.600?
Como podemos aceitar que a décima economia do mundo conviva com uma das maiores concentrações de renda do mundo? É melhor não ter estado. O mercado sozinho, com seus critérios de mérito, estabelece uma sociedade como esta, de maneira mais eficiente.
E o que dizer da segurança pública, as pessoas fazem mais justiça com as próprias mãos, pois temos um dos índices de mortalidade maiores do mundo, mais alto que países em guerra, exatamente, maiores que a carnificina que ocorre na Síria.
RESUMO DA ÓPERA: NÃO TEMOS CONTRATO SOCIAL. VAMOS ESCREVER OUTRO.
E eu não podia terminar este texto sem dizer o que a opinião pública, formada pela grande mídia pensa deste estado de coisa.
Antes de continuar, não quero defender nem esquerda nem direita, nem Dilma nem Temer, sou um servidor público, pago regiamente para zelar pelos interesses da sociedade, uma vez que este deveria ser o papel do Estado.
Vamos aos fatos:
Em 2013 a população foi as ruas pedir melhores condições de vida, uma vida mais digna para todos, a partir de movimentos surgidos contra o aumento das passagens de ônibus, em diversas capitais do país.
Para encurtar a história, esses movimentos culminaram no processo de impeachment da presidente ELEITA, num processo dito democrático e lícito, para colocar no poder aqueles que se diziam defensores do interesse público.
Pergunto: como assim uma turma que está no poder, no Brasil, desde as caravelas de Cabral, que chegaram aqui em 1500, basta buscar as árvores genealógicas das famílias que comandam a política brasileira, vai defender o interesse público. Pergunto de novo: por que não fizeram isto nos últimos 500 anos?
Volto agora para a opinião pública: a grande mídia que vende o modelo casa grande e senzala, como um modelo de vida legitimo e adequado para a sociedade brasileira, fez as classe menos favorecidas economicamente, acreditarem, ou aceitarem passivamente, a ideia de que colocar os quinhentistas (perpetuadores do modelo escravocrata na sociedade brasileira, travestido de democracia) de volta ao poder melhoraria a vida do pais.
E digo mais, os políticos que ficaram no poder até a última hora com a presidente Dilma, continuam comandando este governo que assumiu o Estado para combater os desmandos daquele governo que destruía o pais. Saiam todos, sejam coerentes, deixa esses revolucionários pelo alto (guarda pretoriana) conduzir o movimento de salvação da republica, muito embora eles estivessem no comando tempo todo e nunca tenham feito isto.
Os políticos que estavam com a Dilma deveriam ter a dignidade de ter deixado o governo junto com ela, continuaram agarrados nas tetas do poder, dizendo que estão desfazendo tudo de errado que ela fazia, para fazer o certo. Que eu saiba ela não foi indicada em nenhum inquérito por crime comum, do colarinho branco. O governo atual já foi indicado duas vezes, pela polícia federal e pela procuradoria geral da república, troquemos então o diretor geral da polícia federal.
Pergunto de novo: TEMOS CONTRATO SOCIAL? TEMOS  DEMOCRACIA? TEMOS REPÚBLICA? TEMOS SEPARAÇÃO DA COISA PÚBLICA DA COISA PRIVADA? TEMOS GOVERNO DO POVO, PELO POVO E PARA O POVO? TEMOS UM REINADO PATÉTICO, COM PSEUDOREIS, QUE SE APROPRIAM DA COISA PÚBLICA, PARA FAVORECER OS PRÓPRIOS INTERESSES, ESSE  PODER NÃO EMANOU NEM DE DEUS E NEM DO POVO.
O POVO DEVE ASSUMIR ESTE PODER LEGÍTIMO, ainda que seja com um governo de transição que conduziria novas eleições imediatamente, impedindo a reeleição de todos que estão aí. Vamos recomeçar esta história.
E por fim, a mídia vende a idéia que é a aposentadoria dos servidores públicos que quebra o pais, que são os salários acima do teto que levam o Brasil a falência. Esses valores representam quanto do PIB? Outra questão os servidores públicos ditos das carreiras típicas de estado são responsáveis pela organização de uma estrutura administrativa que deve funcionar para atender mais de R$ 200 milhões de pessoas, com um orçamento na casa dos trilhões.
Que executivo privado tem uma responsabilidade deste tamanho? Algum deles ganha menos de R$ 30 mil? Ou a ideia é criar um estado fraco e pobre, mal estruturado para os pobres, e deixar que o mercado se aproprie do resto?
Ou será que seria melhor a mídia governar o pais? Para terminar lanço o seguinte desafio:
Por que a sociedade brasileira acredita que um jornalista, bem qualificado diga se de passagem, é mais preparado ou tem um poder mais legítimo para decidir o que é melhor para o país? Por que a mídia pensa que ela é mais adequada que o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, que o MINISTÉRIO DA FAZENDA, para decidir sobre uma questão extritamente constitucional, ou para desenhar uma política econômica? E TODO MUNDO ACREDITA, FAZ  ME RIR.
Prometo que vou parar por aqui: será que os jornalistas, âncoras da grande mídia, são trabalhadores de carteira assinada? Se submetem a algum tento? Contribuem para a previdência pública? Nós servidores públicos enxovalhados por ganharmos 30 mil reais, pagaremos 14% da nossa remuneração para a previdência deficitária do serviço público, pagamos alíquota de 27,5% de Imposto de Renda e somos concursados e fiscalizados por toda a sociedade. Por que a mídia  é melhor  que nós ? Estou a 25 anos nos governos e já trabalhei anos a fio em jornadas muito superiores a 40 horas semanais, para desenhar e garantir a execução de programas que evitaram que muitas pessoas morressem de fome. Por que a mídia nunca nos mostrou, chegando as 8 da manhã e saindo as 23 horas. Nunca vi uma câmera de televisão me filmando, quando saia do ministério as 22 horas do dia 31 de dezembro.
CHEGA DE PALHAÇADA! VAMOS REIVENTAR O BRASIL! ADMINISTRO BILHÕES DE REAIS POR ANO E NUNCA ROUBEI UM CENTAVO. ME DEIXE TRABALHAR EM PAZ E DEFENDER UM ESTADO DE COISAS MAIS JUSTO PARA OS POBRES DO BRASIL. CHEGA DE HIPOCRISIA.




quarta-feira, 25 de outubro de 2017

MOBILIDADE SOCIAL E MOBILIDADE URBANA - QUESTÕES QUE SE COMPLETAM?

Boa noite leitores.
Conforme prometido no último post, estudei um pouco mais sobre o tema: MOBILIDADE URBANA E POBREZA, e produzi um texto como trabalho final para o curso que fiz na ENAP: Pobreza e Políticas Sociais.
Como já mencionei em outras publicações a redução da pobreza é um primordial para as políticas públicas brasileiras.
Neste texto tratei de Mobilidade Urbana, mas não consigo pensar na possibilidade de qualquer política conduzida pelos governos das diversas esferas da administração pública brasileira que não inclua em escopo a priorização da redução das desigualdades sociais, ainda que de forma indireta, qualquer programa desenvolvido pelos governos pode contribuir para este fim.
Até a próxima. Espero que gostem. Fiquem a vontade para criticar.